sábado, 14 de novembro de 2009

APAIXONADO POR PESCARIAS


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APAIXONADO POR PESCARIA

Mesmo sendo saudosismo, sempre que me lembro dos meus tempos de guri, me vem a mente as pescarias que fiz no Rio Bariguí, onde atualmente é o parque, que íamos pescar eu com meu falecido amigo Nhunha , tanto no rio, como nas cavas que lá existiam.
Mais a gente cresce, começa a trabalhar e os interesses mudam e assim aconteceu comigo.
Só voltei a pescar anos mais tarde, quando fiquei noivo de minha esposa e voltei a pescar junto com meu sogro.
A primeira vez que fui á Represa do Capivari, faz uns 30 anos.
Um cunhado me convidou para pescar lambari no BEMFAZ e fomos num sábado.
Lá chegando, tentamos pescar da margem, mais como os alevinos de tilápia não davam sossego, resolvemos alugar um barco. Mesmo assim, foi uma festa para meu filho Adriano, que tinha na época uns 5anos de idade.
Ficamos o dia todo no local e na hora de ir embora, notei um rapaz com umas varinhas curtas de bambu pescando num cantinho da represa .Ele pegava uns peixes maiores, que achei que eram carás, mais estranhei, pois usava como isca, folhas de grama que havia no local.
O tempo passou e um amigo meu, á uns 15 anos atrás, me convidou para ir pescar tilapia, então, retornei á represa do Capivari, fomos num sábado eu, meu filho mais novo Tiago, meu cunhado Mario e o Rubinho autor do convite.
O local era o pesqueiro RECANTO DO SABIÁ, por sinal muito freqüentado nos finais de semana e embora tenha sido difícil achar um lugar para pescar, separadamente, cada um achou um cantinho..
Inexperientes, estávamos pescando com minhoca e só pegávamos os alevinos de tilapia.
Meu amigo Rubinho, um pouco mais experiente, estava pescando com milho verde. Eu não imaginava que isto era isca para tilapia, até que ele fisgou uma média e me chamou prá ver. Fui e para minha surpresa, outro pescador que estava perto, fisgou uma tilapia enorme, usando bicho da laranja como isca.
O fato é que deste dia em diante, passei a ir quase todos os finais de semana no local, ás vezes só, outras com o Tiago.
Em cada uma delas, na chegada, era grande a EXPECTATIVA, porem no dia seguinte depois de passar a noite pescando só DESILUSÃO E DECEPÇÃO.
O pior é que seguia “religiosamente” as dicas dadas pelos tilapeiros mais experientes então comprava linhas, anzóis, chumbo, bóias, penas e teve uma vez que cheguei a comprar uma vara telescópica de 8,00m de gomo longo, pesada prá “danar”, que acabou sendo motivo de “sarro” dos mais experientes, mais nunca conseguia fisgar uma “BOCUDA’, apelido das grandes.
Teve outra vez num sábado, passei o dia todo cevando o pesqueiro com milho verde picado e ração de coelho e antes de anoitecer, chegou um velhinho, pedindo para se instalar num cantinho ao meu lado, pois os pesqueiros estavam lotados e aquele era o único lugar disponível, pois ele pretendia ficar por pouco tempo, veio tentar pescar a “janta”.
Concordei, então ele armou suas três varinhas de bambu de uns 2,50m cada, foi tomar uma “cervejinha” na lanchonete e quando voltou, armou seus anzóis com bicho da laranja e começou pegar as ditas “BOCUDAS” uma atrás da outra e eu do lado dele...NADA.
Quando ele foi embora, mudei parte do meu material para o local e outra vez, só FRUSTAÇÃO, então, enquanto dirigia de volta para casa, fiquei MATUTANDO no que estava errando e deu o “ ESTALO ”, eram minhas varas, todas acima de 4,00mt e ele pescava com as curtinhas, pois o local era fundo e os peixes encostavam no barranco.
Adivinhem...Comprei varas curtas e no outro final de semana, lá fui eu, só que não tinha lugar no Recanto do Sabiá, então, vi que havia lugar no pesqueiro em frente o “BARCAÇA”, saí desesperado de carro pela estradinha, paguei a entrada e “sentei o pé” no acelerador com medo de perder o lugar.
Consegui, me instalei, cevei, armei as varas e pegava as miudinhas, até que a noite chegou e continuei pescando.
Punha o bicho da laranja, notava que a peninha “mexia” dava a fisgada e nada...
Até que resolvi colocar umas 5 larvas do bicho e quando houvesse qualquer beliscão por menor que fosse, ia fisgar.
Não deu outra, fazendo isto, fisguei uma bocuda. Logo a seguir outra e daí em diante outras mais.
Moral da estória: O grande segredo era este, as tilapias maiores não afundam, dão apenas um pequeno toque para os lados ou para o fundo. Ficar esperando...já era, comem a isca
Marcão.


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